acordei depois de um breve sono maligno onde via meu padrasto transformado em vulto que atravessava a janela, me perseguindo, e eu, desesperado. Ele então se materializava, minha mãe aparecia, e eu, desesperado. Ele então falava para ela que eu estava surtado. Ele vinha com uma ponta de maconha na mão, indicando o motivo do meu surto. Eu, desesperado, com calor. Acordei com o meu cachorro chorando. Era a minha mãe que chegava.
começo a achar tudo isso meio ridículo. começo a ficar cansado dos silêncios, das não-respostas, do buraco-de-avestruz-que-minha-cabeça-deve-entrar. eu sei que eu me dou ao ridiculo. parece que o sinônimo do belo é justamente esse: o ridículo. mas será que existe outro modo? a justa medida mesmo? não sei não. parece que tudo foge quando a gente pede, delicadamente, para tudo não fugir. Muito barulho por nada. Muito exercício. Malhação pura. Tô saradão.
O problema de tudo é o vulto. Só sei lidar com vultos. Um, porque eles teimam em não responder. Dois, porque quando eles aparecem, eu teimo em me esconder.
1 comentário:
ei você,
ocê, você, voismecê
qnem cerimônia budista
dedico aocê
num imita não ocê
seje você cê-mpre
num seje nem mãinha nem painho nem ooutrrrru
sai dessa solidâo que é tão só
docê
pkê ocê numé ocê.
maluco
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