20.10.10

dizem que escrever é igual a andar de bicicleta, mas não sei não... acho que desaprendi. não sei dirigir, aliás nunca soube.
dirijo há um tempo e hoje o carro, só porque era total flex, não parou de morrer.
eu, no meio daquele engarrafamento, querendo chegar em casa na velocidade de uma banda larga para abrir pela centéssima vez meu e-mail e ver que você não respondeu, no meio da passagem, entre os carros... e o meu morrendo. morria sempre e cada vez mais.
e comecei então achar que meu problema era de auto-imagem. meu carro morria, todos apressados, eu apressado para chegar em uma caixa de entrada em que ele não está.
ok, estou exagerando.
ok, pode ser tudo loucura (e na verdade é. é sim. quem disse que meia dúzia de e-mails pode ser romance? quem disse que não? qual é a realidade posterior a essa?)
a realidade eu não sei, mas a verdade é que o carro velho, é novo, e o dirigi pela segunda vez hoje (vocês não viram, mas escrevi dirigi com 'j'... já não sou mais aquele...)
a verdade mesmo é que estou confuso como fedra que não ousa dizer o nome do amado, apesar de ser essa a única coisa certa a fazer (certo porque é desejo, só por isso).
tô precisando casar.
eu acho que é paranóia que me faz desconexo, ansioso e incapaz.
(estou exagerando, lembre-se sempre disso).
mas estou querendo me dirigir a você (morrendo ou não, o carro vai te atropelar a qualquer momento - você acaba de virar vítima. mais um)

--- (e o renato?)

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