26.10.10

entre o conforto e o confronto.
não sei o que é pior (e quando digo isso, estou ciente da dobra do superlativo, já que o extremo oposto conduz ao mesmo, i.e., "não sei o que é pior" é também dizer "não sei o que é melhor").
agora, por exemplo.
estou absolutamente no confronto, deslocado de minha zona de conforto, pronto para o abismo que é encontrar o outro. (o absoluto aqui é absurdo: não há deus, mas games). o desespero é tão grande que sinto vontade de retornar (se é que já não estou de costas para o confronto - mas quem disse que minhas costas não o encaram de frente?), sinto saudade do conforto.
mas o suspendi pois também ele não é coisa boa. a coisa boa seria o confronto.
mas o confronto é tão angustiante quanto o conforto e eu fico nessa (agora, por exemplo), entre um e outro, neutralizado no espaço vazio que preenche esta faixa de moebius que é o confronto-conforto.
(isso é porque eu sou libriano, não sei escolher. e resolvi lidar com um signo bem familiar - pera lá, ele até o momento serviu como energia de ativação - (ok, ele não é apenas catalisador. mas não consigo afirmar - seria dar de costas para o conforto e mergulhar no confronto - e isso eu ainda não sei assumir - pelo menos até o instante (agora, por exemplo?) em que ele, o signo familiar, me confortar).

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