seria então que ele é um sentimento apenas meu? Uma coisa só minha? Interno e internalizado?
O ciúme. Eu criei expectativas sobre uma determinada situação envolvendo alguns amigos queridos. Criei expectativas que, esperava eu, fossem correspondidas por determinados entes. E quando chegou o momento, os amigos que deveriam agir conforme eu havia imaginado, estão envolvidos em situações terceiras, que envolvem, necessariamente terceiras pessoas, digamos assim. Fico desnorteado. Não sei, então, se falo ou deixo de falar, pois por mais que eu fale, a expectativa se esvai, se dissolve em caquinhos, quebra-se em liquido e cai. E nada mais presta. E é nesse momento que eu sinto um desdém, um ódio, que é pura fragilidade e um não-saber-ficar-sem-você.
Seria isto tudo um ataque de um ser mimado? Algo como, "não sei ser relegado ao segundo plano!"?
Mas isto tudo é meu. Poderia dizer então que eu sinto ciúme do outro e ainda, isto tudo é ciúme? Ou ciúme é outra coisa?
O outro me faz ter ciúme?
O ciume é um desvio, uma quebra de expectativa. Algo que não se deu, que permanece no terreno das situações forjadas pela imaginação e frustadas na experiencia. Isto é o ciúme hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário