a região entre o peitoral e o pescoço, é ela. Tá incomodando, tá suando. E esse calor, o mesmo calor de Orestes Jean Paul, o mesmo calor de Jó Slade, esse calor que eu não estou aguentando que quer me tirar de casa, uma fuga mesmo, mas minha casa não representa o eu mesmo, a essencia de tudo que tem em mim, porque isso teria que ser algo agradavel, não que minha casa não seja, mas teria que ser algo digamos assim, tautologicamente, essencial. A essencia é a essencia e eu matei a linguagem.
Como esse cara é tão cabeçudo, mas tão cabeçudo eu nao entendo. Ô bichinha complicada, roubando Adriana Calcanhoto sobre Mario Sá Carneiro, falando de Roland Barthes, eu. Eta, nós.
Eu dei uma festa na sexta, voce sabia disso (a gota escorre, como no começo de Domingo by slade)? E não era nada mais nada menos do que o meu aniversário, sim, aquele que eu postulei, meu aniversario por decreto que me jogou num campo, num lugar que não era nem o da realidade nem o da ficção, ora em um ora em outro, num vai e vem. Muitas pessoas de diversos lugares, de um só lugar, com um unico (diverso) comportamento. E eu ouvia assim: é aniversario dele? Não é? É mentira? é verdade? É ficção? É lenda ou loucura?
Hoje estava assistindo a um filme lindo que conheci com o meu amigo-pai que será o Russo, ele, ontem soube que ele será pai e já carrega consigo aquela paternidade. E eu serei tio, o mais feliz tio de um russinho que está por vir. Pois este filme possui um titulo que diz tudo: "primavera, verão, outono, inverno... e primavera". Russo parece estar pronto, estar naquele momento de colocar uma nova primavera, ou seria apenas o despertar de sua primavera?
Tudo que eu estava pensando sobre os meninos (renato, japinha, fosforo...) o barthes desconstruiu em seguida, numa conversa-leitura muito apropriada. Mas como a analise de um discurso não requer necessariamente o abandono deste mesmo discurso, eu afirmo: Fósforo, essa é para voce.
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