25.5.07

eros + irom + era + ira + ora = chega.

justamente neste friozinho, justamente aqui que me sinto bem pequenino
a ópera segue seu curso
velozmente anda cruzando a avenida
e eu miniaturizado em uma breve tentativa
disco seu número ouço sua voz e o que consigo fazer, produzir, criar
é um trote.
apenas ligo para o seu celular silenciosamente
sem nenhuma explicativa, sem nenhum retorno, com forte interlocução
eu fico com sono e aumento o enfado com cafeína
você some sem mim
e responde ao som de boas doses de vozes
cruzando, compondo um ambiente em que você aparece imponente
você que me responde em pleno instante: isso é cena ou é você?
isso é o caminho, posso te responder.
isso é uma cabeça dolorida, cheia de vontades ativas, limitadas por uma estrutura minha, que não deixa, não permite, não quer e não pode fazê-las gesto, puro gesto.
é por isso então que dirijo a ti minha não-palavra e afirmo em tom silencioso
uma vibração tônica que guarda em caixas inseguranças melódicas
um compasso colorido que lança breves traços malhados
dedos que compõem uma coisa meio leve, meio neve, que serve, quando muito, para um bom descanso, uma justificativa para projetos futuros para amanhãs promissores.
eu quero dizer não e falar apenas isso: um.
um para nós dois agora e só.
em mensagem do celular digitada bêbada no meio da noite que sai e chega e evita, suscita, trasntornos maiores.
eu sei, só eu sei o que há ao redor.

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