tem alguma coisa que não permite, aquela coisa que sempre impede a gente de começar
você pode tentar, pode fazer de tudo para tentar, ande com gravador no bolso, caderninhos de anotações pendurados no pescoço, lap-tops ou i-pods, mp3´s no pulso, nada disso te ajudará a começar.
tem sempre aqueles outros, seus amigos, bons amigos e influentes, interessantes gênios de bolso, que te olham sob óculos escusos que miram a ti e te dizem: bom garoto! aqueles mesmos, que descendem de pais todos gostosos e generosos, que abrem espaço para tudo quanto é bom para o bolso.
nada disso te servirá de consolo. nada que você irá dizer, ou sorrir, ou satisfazer irá te mostrar de modo honroso. o que você precisa, de fato, fazer é nascer de novo. sim, o que você precisa é vir aqui para o mundo com sobrenomes cujos tons sejam palpitosos.
não intitule nobre, pois na realidade o que você estaria fazendo é incorrer em erro amistoso. não, não seja tão feroz e cruel, pense bem no que diz, pois assim você estará compondo o elenco de amigos e inimigos vistoso. olhe lá, ouça bem o que te dizem, não siga a tradição, mas preste atenção no que seu pai diz. ele tem um amigo aqui, sempre amigo desde a infância: dos tempos da bahia, daquele carnval-maravilha de momentos que só titia jornalista sabe como encanta. eles te admiram, sabem do seu potencial, gritam, torcem por ti, por ti eles na mesa, mostram o pau. e você, meu filho, seja bom menino, grite quando for o momento, em aulas e mostras de boa performance em que há discussão de bom argumento. olhe lá, ouça o bom e velho título que vem embalado pelas cantigas rotuladas dos contos de fadas trazidos em rocks-baladas de senhores ou jovens de cabelos ao vento.
continue sempre, não deixe que eles desaprovem o que voce faz. o bom é mostrar e não se preocupe, com você eu me cego e afirmo, obviamente, que se trata de um trabalho ímpar. aquilo que dá prosseguimento às gerações, uma cadeia genética que permite o florescimento eterno de ondulações instáveis de realidades raras. veja bem, você é a continuação de tudo aquilo que você continua. siga sempre, não pare de realizar. pois você é o meio e não a finalidade do cômodo bem-estar.
e, óbvio não deixe de começar.
comece sempre e mostre a papai pop-star.
ele é seu fã e com ele você vai se afagar. ele te dirá os erros ortográficos e também te mostrará
o telefone do amigo para quem você deverá ligar
mas é tudo seu, certamente você é quem deve ousar
os amigos apenas testemunharão a sua ousadia sem pestanejar
os amigos te mostrarão, aquela pura rede sem intrigas
aqueles puros circuito de magias
em que os santos padroeiros
são fantasiosamente
marinheiros que navegam
pelas águas rasas de um rio virado mar
rejeite filosofia e impeça monotonias
há sim o outro que se transforma
bem como seus amigos que se transtornam
há as mudanças de estágios, estações e lugares
confirme sempre isso para que não achem
que você, meu principe encantado,
é mais um filho do pai disfarçado
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