14.7.07

Era uma vez...

risos
risos risos
risos muitos RISOS RISOS
RISOS RIOSO ROISO ODRIS RISOS
risOS muiTOS RIsos risos riSOs
RiSos risos mUiToS rIsos muitos muitos muitos

Eu entendi tudo agora. Sou eu o narrador deste filme.

MAIS RISOS.

Eu sou o verdadeiro narrador deste filme! SOU EU!


RISOS muitos muitos risos muitos RISOS risos risos risos...


Sou eu, o narrador desta merda!


GARGALHADA FINAL


pS::::::::::::
isso faria todo o sentido se eu estivesse satisfeito com tudo. Não que necessariamente concordasse com tudo, mas que pelo menos aceitasse. Não, não aceito. Assim não está bom. Só que não sei fazer de outro modo. Só sei fazer deste. Deste modo, deste modo como lê porque é deste modo que eu vivo. eu só posso viver deste modo, aqui, por aqui, deste jeitinho peculiar só meu, muito característico meu, isso tudo que você vê, lê, sente é tudo meu. Sou eu o dono do meu jeito de escrever. E por isso, é justamente por isso que EU sou o narrador deste filme. Só que o narrador neste caso sofre de cansaço ou esgotamento dele mesmo. é um narrador, sem dúvida, mas um narrador que não aguenta mais ser o meio da narração. um narrador que não aguenta a si próprio. Distanciado de si mesmo, no sentido de não acreditar mais piamente no que faz. Eu narro, mas é tão enfadonho. Porque narro do jeito que eu sempre narro. Sempre foi assim, desde pequeno. Lembro-me bem quando tinha quase três anos e uma tia minha me perguntava a tabuada da narração, que eu já sabia de cor. eu narrava desde o princípio de mim. Sempre foi talento nato. Sempre foi coisa pura, pariu comigo. Minha mãe. Foi quem me fez. O meu modo de ser me fez. Não posso, nem poderia, fugir dele, apesar de muito querer. Ele é insuportável, me repete o tempo todo. Onde estou sou pura tautologia. É esta a operação que o meu modo faz de mim. Ele me pega e me transforma em tautologia de mim mesmo. Como sair disso, meu deus? Como deixar a mim mesmo para então sei-lá-o-quê? Poderei conseguir outros modos? Olha os modos, menino(a)!
Lembro-me bem do drama de Fedra. Dizer ou não o nome de Hipólito. Mesmo não dizendo de principio, o nome de Hipólito rasga Fedra. É o nome que realiza este procedimento. Dizer é rasgar aqui. Dizer sempre rasga. Só que rasgando demais cria-se uma unidade. uma unidade de pápeis picados.
O bloco do eu sozinho. É isso mesmo.

Tu és divina e graciosa, estátua majestosa!!!

Tu é quem?
Quem é tu, meu deus?
Tu é deus?
Quem é deus?
Deus é quem?
Deus é tu?
Quem é tu?

Eu devo admitir que não consigo amar demais você, pois amo a mim mesmo antes.

Você muda a cada vez que falo você.

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