estava saindo do banho quando ele me ligou convidando para um café. era de tarde. e um café a tarde na companhia dele seria algo muito agradável. mas recusei. tive que recusar pois tinha outros compromissos.
ele então resolveu aparecer no meio do meu compromisso. como que brincando, pedi a ele que dividisse tudo comigo. ele dividiu. comprou uma refeição para almoço e comeu apenas metade. E me deu a outra metade. Mas eu havia acabado de comer. Aceitei a refeição ao meio, mas não tinha fome. Não comi.
Eu então acertei tudo. Resolvi cumprir com todos os meus afazeres. Finalizei os compromissos. E só então fui ao seu encontro, sem que ele soubesse, sem que ele imaginasse. Fui.
Chegando lá, ele já tinha ido embora. E resolvi pedir dois chopps. Fui embora. Cheguei em casa, ele está aqui. Mas não nos falamos. Acho melhor assim. Ele pode se sentir perseguido.
Pois confesso que me encontro em um momento onde já não consigo perceber de fato o que ele é para mim, se mero devaneio, se mera qualquer coisa, se mérito próprio, se algo que devo em algum momento, de algum modo, não pensar no descompasso e, sem tentar acertar ou errar ou passo, caminhar no solo que ele fabrica (para si e para mim, talvez) a seu próprio modo.
Eu talvez aguarde um pouco. Afinal dançar é isso. Jogar com o tempo.
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