9.5.08

as tranças

quando andei de bicicleta, remeti ao cavalo.
quando andei a cavalo, remeti à bicicleta.
pensemos que a maior utopia da nossa espécie seja que todo ser humano é obrigado a ter o manual de instruções. não um, mas O.
este é o fundo.
o interessante disso aqui é que a essência, para nós, está atrelada ao fundo.
o revelador deste fato é descobrirmos que, no binômino filosófico essência-aparência já reside uma relação perspectivística. a essência é o ponto de fuga, localizado ao centro e lugar para onde convergem todas as linhas do quadro que é aparência. ou ainda pode haver uma relação figura e fundo. neste caso, pode-se pensar inclusive numa fotografia de um ovo frito. um corpo morto brilhoso e molequento. o teatro da morte.
pode ser perspectivistica a relação. mas, neste caso não apenas. a relação fundamental é a relação em que um dos termos possui uma certa distância do outro. Há separação entre os termos de modo que eles possam se localizar mutuamente por coordenadas. há limites.
porém isso não é um grande problema.
a relação implica espacialidade.
já nos demos conta disso.
agora o que temos que fazer é uma precisa transformação da relação espacial entre todas as coisas. e o espaço assume dimensões múltiplas. a rede.
devemos todos fazer rede.
vamos trançar.
voltemos a isso. e está acabado.

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