7.9.08

sinalizo sempre que respiro e digo assim, venha até mim.
isso é sempre que posso dizer, estou sempre sorrindo e digo, toda vez que você se dirige a mim, digo sim.
só que meu sim é meu não. e isso te afasta, te distancia e agora que compreendo que estou agindo conforme combinamos naquela noite em que convesamos e traçamos nossos fins (nosso fim).
sou louco, ou melhor doente. serei a sua doença para sempre, como aquele peso que carrega para sempre, serei sempre arrastado por você, serei aquilo que você mesmo não suporta, aquela coisa que detesta em si. mas serei. e sua. sua doença mais vísivel e invisível. estarei presente mas serei inalcançável. serei uma espécie de um vírus que te assola com perguntas, com frases, com todo tipo de pensamento considerado por você como indigno, serei encarcerado, estou neste quarto sem paredes, este quarto sem paredes que é seu corpo mental, sou seu pensamento neste momento e você nunca e jamais sobreviverá nem viverá sem mim. uma espécie de morte em vida e vida na morte.

apesar de não querer ser. apesar de não fazer isso intencionalmente. é que o amor faz dessas coisas. as pessoas se tornam ridículas, frágeis, bizarras. sou uma avestruz perneta diante de você, sou nada, sou merda, sou escroto (e hilário, óbvio, isso tudo tem muito humor, caso contrário seria tudo muito chato), sou cuspe.
sou cuspe, sou vômito, sou cocô, sou fedor
querendo ser
flor, ar, terra, fogo, água, mar.

oh, se deus ouvisse a minha prece.
chegaria nos seus ouvidos
ah, satanás veio aqui me tentar novamente.

é um problema meu.
de identidade ou de imagem?

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