é muito fácil perceber que tudo isso aqui poderia virar um filme, ser adaptado para um livro, quem sabe ser encenado. mas, e essa vontade? como farei você apreender a minha vontade? Isto agora que sinto, essa reação física, como adaptar, encenar, filmar?
Talvez devamos conversar de uma vez por todas.
Momento de colocar as cartas na mesa. E falar. Dialogar, comunicar, pois o que falta entre nós, e no mundo, é justamente o diálogo. Não quero saber sua opinião, só sei que é.
Esse bicho que eu vejo você está vendo? Eu mato o bicho? Deixo-o viver? Penso que é a alma de algum parente morto que reencarnou no bichinho e que está ao meu lado, olhando por mim, ou imagino em quais lugares essas patinhas estiveram pousando, sobre sujeiras, tolices, merdas, viroses, enfim? Você talvez devesse me ajudar, mas não dá né querido, estamos separados por este vidro transparente.
A escrita então é um vidro transparente e aqui devemos fazer a pergunta: Sou eu ou será você que está do outro lado do vidro transparente? Quem está do outro lado? Você está do meu outro lado enquanto eu estou no seu outro lado, ambos somos outros lados, ambos os lados. Só que em ocasiões diferentes (isto o que eu estou fazendo já é dispor as coisas no tempo, me desculpem, mas não há simultaneidade. Eu faço uma coisa depois da outra, e ponto final).
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