28.9.06

você não sabe



















não, eu não estava no meu estado normal.
não, nao era final de semana. era quinta mesmo.
não, eu não estava acompanhado.
posso contar?
então,
uma amiga minha de santos veio para cá.
ela é de santos.
ela tem uma filha.
linda.
anita.
bonito né?
então,
ela se demitiu do emprego.
ou seja,
ela pediu demissão...
ela é é é é é é coordenadora de uma ong.
e se inscreveu para um patrocínio
e ganhou
e recebeu um e-mail
e veio para cá
a reunião era aqui
e ela me mandou um e-mail
dizendo que estava vindo para cá
e eu respondi o e-mail
escrevendo meus telefones
e ela chegou
e me ligou
isso foi ontem.
saímos e bebemos. nada de mais. matamos a saudade, sabe?
então,
hoje a gente saiu.
e quando eu estava voltando para casa, não acreditei.
o flanelinha, sabe? o flanelinha, aquele da rua aqui de baixo. alto, moreno. sabe?
então,
eu, de carro, passei por uma rua tranversal a essa aqui de baixo
e , de carro, eu passei por ele
de camisa laranja
de bermuda azul
de sandália suja
ele estava tomando uma dura!!!
Tinha um carro de polícia! Parado! Os dois policiais! Um dura nele!
Diminuí logicamente a velocidade.
Isso depois de a minha amiga ter acabado de comprar na famrácia a pílula do dia seguinte.
imagina.
não tive coragem de parar.
fui andando devagar.
o carro, né.
e cheguei aqui.
louco, né?

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