6.7.07

verme-lhe: verme-lho

houve aquele dia em que estava sentado no meio fio e o nariz sangrava que não parava mais. quando a tremenda batida me cuspiu para outra vida, aquela que se inicia naquele fluxo sanguineo que eu via e sentia. Também ouvia as repirações. Ouvia, por estar de cabeça baixa, ruminando os novos modos de estar e de se apresentar no mundo. no antes, quando ainda não havia batida, o fluxo era outro, não um contra-fluxo, mas simplesmente outro que não vivo agora. Certamente hoje tenho mais certeza que não posso brincar o tempo. Com o risco eu não brinco por que ele na realidade é um Deus Ex-Machina. O risco é o destino e é ele que me faz sentar sempre no mesmo lugar para observar o mar.

Sem comentários: