13.10.07

tan tan tuntun tannan

saber ao certo para onde olhar. é isso que me cobro. é isso que eu tenho que ter. uma certa previsão do que será para ficar em paz hoje. a minha calma no presente depende da minha visão futuro. e algo tem que dar certo. eu espero pelo menos ter escolhido alguma coisa certa. pois eu escolhi várias. eu nunca consigo ter apenas uma opção.
ou será que o mundo é tão cruel? ou será que meu destino será o de ser aquele pobre menino que prometia uma novidade em tudo mas frustou, morreu na praia, não deu certo, o bolo solou, pouco fermente deram para o menino, o menino estragou, coitado, o menino estragou.
será isso.
será que eu vejo além ou sou cego? Mas é preciso ser cego para ver além não é isso que me recordo dos videntes? Será isso, meu deus, que eu recordo dos videntes? A cegueira do presente e a visão do futuro.
mas eu afirmo: eu tenho miopia, minha vista não funciona plenamente, ela tem graus a menos, preciso de um par de óculos para ver tudo. e eu não gosto de óculos. Isso talvez indique a minha sabotagem, eu não enxergo bem nas duas direções, mas vejo algo nelas.
O problema é embaçar. O problema é confundir tudo.
O problema é misturar as narrativas. Tendo uma não muito certa. O problema é pensar uma realidade que na realidade são duas realidades.

como sair disso, meu deus?

coloque uma música.
que o seu ritmo pendule.
acalme-se.
ouça.
ouça a voz do mestre.
que canta e sempre dedica a um outro extraordinário músico.
que encanta
interjeite-se. interjeite-se. interjeite-se. interjeite-se.
um orgasmo de interjeições suas.
exclame exclame exclame exclame.
um mar de exclamações seu.

d-e-n-t-u-ç-e-se
dentuçe-se
d-e-n-t-u-ç-e-se
dentuçe-se
d-e-n-t-u-ç-e-se
dentuçe-se
d-e-n-t-u-ç-e-se
dentuçe-se
d-e-n-t-u-ç-e-se
dentuçe-se
d-e-n-t-u-ç-e-se
dentuçe-se

nada como uma boa sede e um bom copo fundo com um restinho inalcançá.............vel de líquido.

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