19.11.07

A experiência do orfão.

gostaria muito de saber se, a cada hábito, eu retorno ao ponto;
se conhecer é parar ou deixar atravessar;
se agora eu estou fazendo a mesma coisa, exatamente a mesma coisa, que fiz ontem;
gostaria de saber se ontem eu já escrevera esse texto aqui;
se este texto já estava escrito;
gostaria de saber realmente o que eu faço quando penso por exemplo;
essas palavras são o quê? uma impressão singular, uma produção desejante, uma estrutura subjetiva, uma expressão apaixonada, um "como-está-você", uma exclamação em negrito, o que é exatamente que trabalha em mim?
Quem trabalha em mim? Dedos, certamente.
De onde vem o que eu estou pensando agora?
Qual é o endereço e a origem?
Eu estou no meio, antes ou depois de quê?
Como me situo nisto aqui?
estou começando a ficar desesperado. estou me sentindo totalmente entrelugarizado flutuando sobre o sal dissolvido em água e, no entanto, tão grave.
Este exercício acima.
Este exercício é o quê, por exemplo?
Como posso falar isso? Como uma expressão de uma sensação de angústia que me perpassa? Será isso? Tão óbvio assim?
Nada é tão óbvio. (..)
Porque parar de fumar?
Porque não beber?
Porque não trepar?
Porque não rir?
Porque não chorar?
Porque não dançar?
Tolices atrás de tolices mascaradas pelo contemporanean versum museum.


A experiência do orfão.

Sem comentários: