24.1.08

love. me.

encontro-me em manhã que não dormi. chego agora de uma noite que já se foi. fui guiado a noite inteira, como que intencionalmente, por um ser que me deixa simplesmente, como quê, em pleno estado de não-saber-porquê. sem motivo aparente, sem nada querer, sabendo de tudo que me perpassa quando apenas respiro algo que o mesmo ar que ele, sabendo ele disso, sabendo ele, não sabendo disso... agora estou pessoa deixada com atenção sem ter tido a mínima atenção. a noite restou como troca de canções entre eles sem que uma única canção fosse minha, pois meu centro grita forte e exigiria algo só para ele. é para ele, eu imploro como mãe favelada em frente ao supermercado com o filho no colo.
não sei não. acho que te amo muito. acho que gostaria de dizer que você é simplesmente o que considero simples e, por isso, essencial. você é paisagem pura. você é meu rio. você é coisa mais gostosa de se ver. você é crocante, é esticado nas extremidades dos olhos e rouco na base da voz. você é um ar para mim. ar como estado, ar como afeto, ar como tempestade.
ai, ai, suspiro em ode a você.
ai, ai, acho que não aguento.
e, no entanto, prossigo,
dizendo sim,
confirmando confidencialmente, sempre
um convite que talvez, pelo menos através de mim, provém de você.
just love, baby. por favor, deixe eu ser sempre carona de seu pocket-pólo just nice silver.
love, love.
me.

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